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Slash: voltar para o Guns N’ Roses seria um tiro no próprio pé

Com a saída do tal DJ Ashba do Guns N’ Roses, muito tem sido falado sobre uma possível (porém improvável) volta do Slash para a banda. Os mais saudosistas, aqueles eternos baba-ovos que acham que o Axl ainda canta bem, que não é gordo e que o “Chinese Democracy” tem alguma coisa que se tire proveito, voltaram a cruzar os dedos na esperança de ver a “velha” formação da banda na ativa de novo.

Lembrando que o Slash deixou a banda em 1995, com uma quantidade infinita de razões que vão mudando ano após ano (a mais recente versão reza que foi culpa do Michael Jackson). De lá pra cá, cada um na sua, tem se visto a degradação da banda que um dia já foi “a maior de todos os tempos da última semana”, e o progresso criativo do guitarrista. Para comprovar isso basta dá uma olhada nos últimos (ou último, no caso da banda do Axl) trabalhos da cada um.

Axl levou 11 anos, cinco guitarristas, seis produtores e US$ 13 milhões pra parir um disco esquizofrênico. Salvando “Better” e “This I Love”, Chinese Democracy tenta sem sucesso misturar elementos musicais heterogênios como música eletrônica com rock industrial e pop. Já o guitarrista não parou: trabalhou com ex-colegas de Guns N’ Roses, colaborou com artistas dos mais diversos gêneros, formou o Velvet Revolver e finalmente saiu em carreira solo com vários artistas colaborando de volta. Lançou oficialmente sete discos entre medianos e espetaculares. Os últimos três, talvez descontando “Black Ice” do AC/DC, sejam os melhores trabalhos no gênero em dez anos. Irresistíveis.

A banda atual assinada como “Slash feat. Myles Kennedy & Conspirators” é espetacular! Kennedy possui uma ressonância vocal que o Axl desconhece há anos, e o Slash está cada vez mais experiente no que sabe fazer melhor: Riffs sensacionais e solos que variam entre melodia e velocidade.

Não vamos desmerecer a competência do Axl como um dos maiores e mais criativos frontman’s de todos os tempos. Só que isso já tem vinte anos, e a julgar pelo que vem mostrando artisticamente, é praticamente impossível que acompanhe/acrescente alguma coisa no trabalho do Slash. Não sejamos infantis tentando negar os fatos: voltar para o Gun N’ Roses significaria interromper o crescimento do guitarrista!

Compare e perceba a gritante diferença na qualidade da execução de ¨Nightrain¨ feita pelas duas bandas (a do Slash e o atual Guns N´ Roses), principalmente nas vozes do Axl Rose e do Myles Kennedy:

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