Queira você ou não, aceite você ou não, o SEPULTURA é, e por MUITO TEMPO SERÁ, a mais representativa banda do Metal brasileiro lá na frente, disparado.
Os fatos falam por si: penetração no mercado de TODOS os continentes [e estamos falando de turnês longas em locais de nome dos EUA também, mercado dificílimo, não meia dúzia de botecos daquele país], ÚNICA banda brasileira a tocar no palco principal em Donington [quiçá em qualquer palco do evento], mais de 15 milhões de cópias vendidas ao longo da carreira, tudo isso sem empresário dono de revista enfiando matéria a esmo com eles garganta abaixo do crédulo público brasileiro e cavando à unha sua presença na cena.
Menção honrosa a outra banda brasileira igualmente imbatível, não sujeita a modismos e de total mérito: o KRISIUN, ainda que extremo demais para o mainstream.
Tocando no exterior para um público que cresceu [ou foi concebido; ou nasceu e se criou] vendo a banda desenvolver seu estilo e se tornar influência [ao contrário da mesma banda empresariada por dono de revista falida que começou como Helloween cover de luxo e também foi atrás de peles e percussões logo após ter ‘dado certo’ com o Max Cavalera et caverta], influência essa que ainda canaliza a ressonância da marca Sepultura com a força devida – vide as recentes declarações de DAVE GROHL sobre o álbum ‘Roots’ em rede nacional de televisão nos EUA e o burburinho em cima da jam da banda com o guitarrista STEVE VAI no Rock In Rio edição Las Vegas, dias atrás.
Foi essa solidez, mudanças na formação e nostalgia juvenil à parte, que foi celebrada ontem à noite [30 de maio] no Webster Hall em Nova Iorque, onde o quarteto tocou para casa lotada e pôde testemunhar a atemporalidade de sua obra, e para uma plateia cativa que pagara especificamente para vê-los, e não um mar de gente esperando a atração principal de um festival europeu onde eles tivessem sido enfiados no meio do cast diurno, o Sepultura ‘delivered’, como se diz por lá.