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Power Metal: os dez álbuns essenciais do gênero

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1. Keeper of the Seven Keys Part I e II – Helloween (1987/1988)

Como não podia ser diferente, a primeira posição é do Helloween, a banda criadora do estilo. Antes de mais nada, não seria possível citar aqui apenas um dos dois Keeper’s, pois ambos fazem parte da mesma obra e apresentam a banda em sua melhor fase, com a mistura perfeita entre Heavy Metal, melodia e temas épicos. Na época, o jovem Michael Kiske destroçava tudo com seu poderoso vocal e estilo único de cantar (coisa que hoje em dia é um clichê chato pra porra nas demais bandas). As guitarras de Kai Hansen e Michael Waikath eram, talvez, as mais entrosadas do mundo e nos brindaram com solos, riffs e composições que se tornariam clássicos instantâneos, como “Eagle Fly Free”, “I Want Out”, “Dr. Sten” e a épica “Halloween”.

 

2. Visions – Stratovarius (1997)

Stratovarius sempre foi unanimidade entre os fãs de Power Metal. A banda é uma das veteranas do estilo e a principal responsável por popularizar o Power Metal Melódico, com bateria, guitarra e baixo na velocidade da luz. Visions é o álbum definitivo da banda, o álbum que os colocou no hall dos Metal God’s. O álbum joga na cara do ouvinte uma banda técnicamente perfeita, que faz músicas de uma qualidade inquestionável com todas as características que fizeram do Power Metal um dos gêneros mais populares do Metal. No disco, encontramos clássicos como “Black Diamond”, “The Kiss Of Judas”, “Forever Free” e “Paradise”. Ou seja, indispensável para alguém que realmente curte Power Metal.

 

3. Nightfall In Middle Earth – Blind Guardian (1998)

Se hoje em dia, o Power Metal é conhecido como gênero de nerds gordos amantes de RPG, grande parte da culpa é do Blind Guardian. A banda do Sr. Kürsch é uma das maiores dentro do Power Metal, e, se me permitem dizer, com as composições mais complexas do gênero. Suas músicas inspiradas nas obras de Tolkien conquistaram nerds e metidos a “cult” mundo a fora. Mas brincadeiras a parte, a qualidade musical do Blind Guardian é indiscutível, e Nightfall In Middle-Earth é considerado o melhor álbum da banda por 9 entre 10 fãs. O disco narra a história do livro “O Silmarillion” (J.R.R Tolkkien) com perfeição, até mesmo com algumas falas da obra do escritor inglês. O instrumental é típico do Blind Guardian, com passagens sinfônicas, instrumentais e progressivas, com um show de riffs e os vocais precisos de Hansi.

 

4. Winterheart’s Guild – Sonata Arctica (2003)

Sou meio suspeito para falar sobre Sonata Arctica, afinal é minha banda preferida. O grupo sempre teve uma legião fiel de fãs, mas também foi um dos mais massacrados pelas críticas. No começo por parecer demais com Stratovarius e depois por evoluir musicalmente para um estilo novo, ainda não tocado por ninguém. De qualquer forma, eu escolhi “Winterheart’s Guil” por mostrar a banda no seu ápice enquanto tocava Power Metal. Aqui temos tudo de melhor que o Sonata Arctica sabe fazer, desde músicas extremamente velozes até às mais lindas baladas do mundo metálico. Foi nesse disco que a banda começou a explorar um lado mais experimental, como na música “Broken”, além de mudanças no andamento das canções. Outro fato especial e que deixa esse disco ainda mais foda, é o fato do gênio Jens Johansson comandar os solos de teclado em algumas músicas.

 

5. Crimson Thunder – Hammerfall (2002)

Lembram que eu disse que Blind Guardian era um dos principais responsáveis pelo Power Metal ser considerado um gênero de gordos tetudos amantes de RPG? Pois bem, pegue 40% dessa “culpa” e coloque na conta dos caras do Hammerfall. Pois afinal, fazer shows com armaduras e espadas, é dose :D Mas falando do que importa, musicalmente o Hammerfall dispensa qualquer tipo de comentários, pois fazem um Heavy Metal com extrema competência, calcado em melodias e temas épicos, responsáveis, em parte, pelo renascimento do metal no final dos anos 90. O álbum definitivo da banda é esse aqui, lançado em 2002 e se tornando uma das jóias do gênero. Crimson Glory trás músicas que podem ser consideradas até simples mas que conquistam justamente pela verdade apresentada pela proposta grupo (vide “Riders Of The Storm”).

 

6. Land Of The Free – Gamma Ray (1994)

É claro que não poderia falta um álbum do Gamma Ray aqui. Mas eu estava com uma dúvida do caralho entre o álbum de estreia da banda (“Heading for Tomorrow” [1990]) ou o seu maior sucesso comercial e primeiro álbum com Kai Hansen nos vocais. Em dúvida entre o poderoso vocal de Ralf Scheepers ou o surto de inspiração de Kai em 1994. Bom… A inspiração ganhou, e ganhou com todos os méritos, pois mesmo com certa limitação vocal, Kai pariu uma das maiores pérolas do Heavy Metal, já que o álbum tem de tudo que um clássico necessita: uma banda afinadíssima, produção impecável e composições que simplesmente chutam bundas. Só a faixa de abertura já vale um disco todo, mas ainda temos a gloriosa faixa título, mais músicas bombásticas, uma balada matadora além de termos a chance de ver Kai e Kiske juntos novamente (;

 

7. Symphony of Enchanted Lands – Rhapsody (1998)

Quando se pensa em Power Metal Sinfônico, qual a primeira banda que nos vem a cabeça? Se você disse Rhapsody, parabéns, és um poser que gosta de música repetitiva (risos). Brincadeiras a parte, o Heavy Metal está dividido entre antes de depois de Rhapsody e podem reclamar o quanto for. Não, isso não é exagero, já que hoje TUDO o que ouvimos dentro do metal que tenha tecladinhos ou linhas sinfônicas (ou seja, 90% dos lançamentos) foi influência desses italianos aqui. “Symphony Of Enchanted Lands” é o álbum que realmente firmou o grupo e não existe outro adjetivo para descrevê-lo senão “épico”. Então peguem sinfônias e arranjos épicos, junto com letras épicas e coros épicos e terão um dos melhores álbuns de Power Metal já lançados.

 

8. Devil’s Ground – Primal Fear (2004)

Quando Ralf Scheepers saiu do Gamma Ray, ele fundou o Primal Fear junto com Mat Sinner e continuou fazendo o seu Power Metal. Mas aqui temos uma diferença básica: o peso. Caras, na boa, Primal Fear é a banda de Power Metal mais pesada que eu conheço. Tem uma cozinha matadora, guitarras MUITO distorcidas e Ralf continuou chutando bundas. Desde o início, a banda lançou jóias com certa regularidade, então ficou difícil escolher um álbum, mas escolhi “Devil’s Ground” por dois fatores: a produção – que é perfeita – e a música de abertura, que é simplesmente um hino, uma música pra qualquer headbanger levantar o punho e bater a cabeça o/. Então, se você procura algo básico, rápido e pesado, eis seu álbum…

Os dois últimos álbuns são lançamentos recentes, mas que chutaram bundas e realmente me impressionaram muito, a ponto de entrar na minha lista (:

 

9. Gather The Faithful – Cain’s Offering (2009)

Não me canso de falar sobre este álbum, tanto é que já o citei em uns 3 outros posts aqui do blog. Pois bem, pra quem ainda não sabe, Cain’s Offering é o projeto que Jani Liimatainen criou depois que saiu do Sonata Arctica, e Gather The Faithful é seu primeiro e único lançamento. O álbum também conta com a presença de nomes como Timo Kotipelto (Stratovarius) e Mikko Härkin (ex-Sonata Arctica). Aqui teríamos o típico Power Metal finlandês, se não fosse por um pequeno detalhe: a imaginação criadora de Jani, que simplesmente acabou com tudo. O álbum consegue mesclar Power Metal com os mais variados estilos, que passam pelo Hard Rock, Death Metal, Pop e até Metal Sinfônico. A produção foi perfeita, mas mesmo que não fosse, esse álbum tem qualidade o suficiente para se tornar clássico, a única coisa que faltou foi um pouco de divulgação. Então se alguém estranha esse disco na minha lista, ouça e mudará rapidamente de ideia (:

 

10. Vendetta – Celesty (2009)

Vindo da Finlândia, o Celesty é uma banda relativamente nova, mas que com o passar dos anos vem lançando álbum bom atrás de álbum bom. Só que foi em Vendetta, o quarto álbum do grupo, que esses caras chegaram ao seu ápice. O álbum é ótimo desde a primeira nota da introdução até o último acorde da épica “Legacy Of Hate”. Aqui a banda nos brinda com velocidade, peso, virtuosidade e feeling, ou seja, um PUTA DISCO. Destaques para a incrível “Euphoric Dream” e para a poderosa dupla de guitarristas. Vendetta foi um álbum conseguiu me conquistar logo na primeira audição, e digo uma coisa: fará o mesmo com vocês.

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