Em entrevista publicada no Noisey, Weston Coppola Cage, filho do ator Nicolas Cage, fala sobre sua relação com o metal extremo, o ocultismo e explica o conceito do Ghost Metal, estilo musical que ele adota atualmente, confira o texto completo no link a seguir e alguns trechos mais abaixo.
Como você entrou nessas de metal?
Wes Cage: Fui atraído pelo estilo muito cedo. Comecei ouvindo música mais atmosférica, mas queria ouvir algo desse jeito acompanhado de algo mais. De cara descobri bandas como Rammstein, que usava elementos industriais, e System of a Down.
Essas foram as suas bandas “de entrada”?
Wes Cage: Basicamente. Fui crescendo e comecei a gostar de coisas mais extremas, tipo Cradle of Filth e Dimmu Borgir.
E as coisas mais underground?
Falando do verdadeiro black metal, teria que citar o Emperor. A voz do Ihsahn transmite muita emoção, gostava muito quando era mais novo – e ainda gosto.
Alguém te mostrou essas bandas ou você as encontrou na internet?
Wes Cage: Eu meio que encontrei meu caminho no black metal por conta própria, pela internet. Antes que pudesse perceber, aos 17 anos estava na Noruega de rolê com os caras. Foi uma honra. Meu aniversário de 18 anos foi lá, onde conheci todo mundo. A festa em si durou três dias [risos]. Lembro das primeiras 24 horas, mas o resto não. Ainda sou bem próximo do Hellhammer, que toca no Mayhem, e do [ex-baixista do Dimmu Borgir] ICS Vortex.
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Seu novo projeto solo leva o seu nome, e o press release até menciona quem são seus pais. Como você equilibra isso de tentar o sucesso do seu jeito sem esconder o fato de que você é filho de um ator famoso?
Wes Cage: Depois do Eyes of Noctum, meio que caí na real e percebi que não poderia mudar quem eu sou. Não tinha controle nenhum sobre onde nasci, e agora me orgulho disso. Sei que tive privilégios ao crescer – pude viajar e obter conhecimento dos lugares que visitei. Tudo que quero fazer é pegar isso e compartilhar com todo mundo ao invés de agir de forma egoísta e guardar tudo pra mim. Há muito que li e vi que quero que os outros saibam, que gostaria que fosse mais acessível para o mundo. Essa é a razão pela qual quero ser mais comercial agora, quero dividir tudo com um público mais amplo.
Que tipo de coisas?
Wes Cage: Me envolvi com o oculto minha vida inteira – os Eddas, Necronomicon, o Livro dos Mortos, essas coisas. Quando viajei para a Itália e para a Grécia, visitei lugares um tanto quanto mágicos, como Stromboli. Em Corfu, senti como se Poseidon estivesse ao meu lado, no mar.
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Você se refere ao seu novo estilo musical como “ghost metal”. Por quê?
Wes Cage: Minha prioridade ao compor este tipo de música é induzir calafrios. Incorporo um monte de instrumentos antigos, como o bouzouki, para invocar um sentimento fantasmagórico. Por isso também o disco se chama Prehistoric Technology [Tecnologia Pré-Histórica]. Acho que o álbum tem muitos momentos “ghost metal”, mas acho que posso executar tudo de forma ainda melhor no próximo.