Em 05/04/1994: Kurt Cobain, líder da banda Nirvana, comete suicídio no auge da fama com um tiro de espingarda na cabeça, sendo encontrado apenas cerca de dois dias depois. O corpo foi achado por um eletricista contratado para instalar equipamentos de segurança que arrombou uma janela após desconfiar que havia algo errado. Ao lado do cadáver foi encontrada uma nota de suicídio escrita com tinta vermelha, endereçada à mulher Courtney Love e à filha Frances. A grande quantidade de heroína encontrada em seu corpo leva um grupo mais desconfiado a supor que Kurt foi assassinado (por não ser possível a alguém tão dopado colocar a arma na cabeça e puxar o gatilho).
Segue abaixo o relato da Wikipedia sobre os últimos dias de Kurt:
O último show do Nirvana aconteceu no Terminal Einz, em Munique, Alemanha, em 1 de março. Um Kurt completamente estafado e com a voz visivelmente desgastada determina férias instantâneas – shows marcados para os dias 2 e 3 são cancelados e, depois, adiados para abril, quando a turnê européia teria sua segunda parte. Cobain é diagnosticado com bronquite e com uma grave laringite. Cobain vai para Roma, Itália, para descansar, se medicar e encontrar com Courtney Love. Courtney chega a Roma no dia 3 e encontra Kurt no Hotel Excelsior. O casal passou várias semanas sem se ver. As expectativas de Kurt pelo reencontro levam um banho de água gelada quando Courtney diz que está exausta e quer dormir. Quando ela acorda na manhãzinha do dia 4, Kurt está no chão, com o nariz sangrando. Ele havia tomado champanhe e cerca de 50 pílulas do tranqüilizante Rohypnol. Kurt deixa uma carta de despedida com três folhas, caracterizando a tentativa de sucídio. Mas, oficialmente, o fato é divulgado como uma dose excessiva e acidental de medicamentos. Na carta, Kurt diz que Courtney não o ama mais, e que ele preferia morrer a passar por mais um divórcio (o primeiro foi o de seus pais). Internado no hospital Umberto I, Kurt sai do coma no dia 5 e é transferido para o American Hospital, também em Roma. Recebe alta no dia 8 e volta para os Estados Unidos no dia 12.
Em 18 de março, Courtney chama a polícia de Seattle porque Kurt se trancou em um quarto da casa com um revólver. Os policiais conversam com ele, que afirma não ser um suicida e querer apenas ficar longe da esposa. Quatro armas que Cobain tem na casa são confiscadas.
Love planeja intervir seriamente nos problemas de Kurt, preocupada com seu vício em heroína. Dez pessoas envolveram-se no trabalho, incluindo colegas, amigos, executivos da gravadora e Dylan Carlson, um dos amigos mais íntimos de Kurt. Danny Goldberg, empresário do Nirvana, descreveu Cobain como sendo “extremamente relutante” e que “ele negava que estava fazendo qualquer coisa auto-destrutiva”. Contudo, Cobain concordou em se internar no Exodus, em Los Angeles, Califórnia, que aconteceu em 30 de março. Courtney estava na mesma cidade promovendo o novo disco do Hole, “Live Through This”. No dia 1º, por volta das 19:30h, Kurt saiu pelas portas dos fundos da Exodus sob o pretexto de fumar um cigarro e escalou o muro de pouco menos de dois metros de altura. E fugiu. Duas horas depois, Kurt usou seu cartão de crédito para comprar uma passagem de primeira classe para Seattle no vôo 788 da Delta. Antes de embarcar, ligou para a Seattle Limusine e marcou para ser apanhado no aeroporto – pediu explicitamente para que não enviassem uma limusine. Tentou falar com Courtney, mas ela não estava – deixou uma mensagem dizendo que havia ligado. Ela já o estava procurando em Los Angeles assim que soube que Kurt sairia do Exodus. Ficou convencida de que ele irira comprar drogas e provavelmente ter uma overdose. Kurt chegou em casa à 1:45h da manhã do sábado, 2 de abril. Ali, passou um tempo com o casal Cali e Jessica Hooper, colegas que estavam hospedados na casa. Horas depois, Kurt chamou um táxi e tentou comprar munição. Vendo que as lojas ainda estavam fechadas, Kurt desistiu e provavelmente se hospedou no motel Crest ou no Quest – que ficavam próximos de um de seus traficantes. Naquele dia ele também foi até a Seattle Guns e comprou uma caixa de cartuchos de espingarda calibre 20.
Com o intuito de descobrir o paradeiro de Kurt, Courtney cancelou todos os seus cartões de crédito. Nos dois dias que se seguiram, houve notícias dispersas de que Kurt havia sido visto. Na noite de domingo, 3, ele foi visto no restaurante Cactus, jantando com uma mulher magra, provavelmente sua traficante, Caitlin Moore, e um homem não identificado. Naquele domingo, Courtney ligou para detetives particulares das Páginas Amarelas de Los Angeles, até que encontrou um que estava trabalhando naquele fim de semana. Tom Grant e seu assistente Ben Klugman a visitaram naquela tarde. Ela disse que seu marido havia fugido do centro de reabilitação, que estava preocupada com a saúde dele e pediu a Grant que vigiasse o apartamento da traficante Caitlin Moore, onde ela imaginava que Kurt poderia estar. Grant subcontratou um detetive de Seattle, dando-lhe ordens para observar a casa de Dylan Carlson e o apartamento de Caitlin. A vigilância foi montada naquele mesmo domingo. Entretanto, os detetives não montaram guarda imediatamente na casa de Kurt, que ficava no Lake Washington Boulevard.
Na segunda-feira, 4, Courtney pediu que a polícia verificasse a casa em Lake Washington. Os policiais passaram por lá várias vezes, mas não viram nenhum movimento. Naquele dia, à noite, Cali saiu de casa, deixando Jessica sozinha no quarto dele. Por volta da meia-noite, ela ouviu ruídos. “Ouvi passos no andar de cima e no corredor”, lembra ela. Gritou um “oi” mas não ouviu resposta. Estima-se que era Kurt chegando naquele começo de madrugada. Cali só voltou depois das três da manhã, e ele e Jessica dormiram até tarde da manhã seguinte.
Na tarde de terça-feira, 5, Courtney mandou Eric Erlandson, seu amigo e guitarrista do Hole, ir até a casa do Lake Washington procurar por Kurt. Ele encontrou-se com Cali e Jessica e os três procuraram por Kurt, armas e drogas. Tentativas todas em vão. Ninguém pensou em procurar na garagem e na estufa, e Erlandson saiu apressado rumo à casa em Carnation, onde a irmã de Kurt morava na ocasião. Na quarta, 6, Jessica e Cali deixaram a casa dos Cobain, mas na tarde de quinta, 7, Courtney conseguiu falar com o casal e ordenou que procurasse por Kurt mais uma vez na casa do Lake Washington. Os dois foram até lá juntos com uma amiga, Bonnie Dillard. Não encontraram nada e deixaram um bilhete com um sermão para Kurt e mandando-o procurar por Courtney. Logo que foram embora, Dillard mencionou que talvez tivesse visto algo perto da garagem, mas, amedontrados, ninguém quis voltar para checar.
Dois dias antes, 5, nas horas que antecediam a alvorada de terça feira, Kurt Cobain havia despertado em sua cama. Os travesserios ainda tinham o cheiro do perfume de Courtney. No quarto, o aroma misturou-se com o cheiro ligeiramente picante da heroína cozida – este também era um cheiro que o despertava.
Kurt havia dormido com suas roupas do corpo. Vestia sua camiseta da banda Half Japanese e suas calças Levi’s favoritas. Vestiu e amarrou os cadarços do par de tênis Converse que possuia, caminhou até o aparelho de som e colocou para tocar um disco do R.E.M., “Automatic for the People”. Acendeu um Camel Light e caiu de costas na cama com um bloco tamanho ofício apoiado em seu peito e uma caneta vermelha de ponta fina. Ele já havia escrito uma longa carta pessoal à sua esposa e filha, rapidamente rabiscada, enquanto estava no Exodus. Ele havia trazido o papel até Seattle e havia enfiado sob um dos travesseiros impregnados de perfume. “Você sabe, eu amo você. Eu amo Frances. Eu sinto muitíssimo. Por favor, não venha atrás de mim. Eu sinto muito, muito, muito.”, eram algumas das palavras que Kurt havia escrito, enchendo uma página inteira com esse pedido de perdão. “Eu estarei lá”, continuou ele. “Eu protegerei você. Não sei para onde estou indo. Simplesmente não posso ficar mais aqui.”
Tinha sido muito difícil escrever aquele bilhete, mas ele sabia que esta segunda carta seria igualmente importante e ele precisaria ter cuidado com as palavras. Ele endereçava “Para Boddah”, o nome de seu amigo de infância imaginário. Quando soltou a caneta, havia enchido a página inteira, exceto por cinco centímetros. Ele fumara três cigarros redigindo o bilhete. As palavras não tinham saído com facilidade e havia erros de grafia e sentenças pela metade. Ele assinou dizendo “paz, amor e empatia. Kurt Cobain”. Escreveu ainda mais uma linha – “Frances e Courtney, eu estarei em seu altar” – e enfiou o papel e a caneta no bolso esquerdo do casaco.
Ele se levantou da cama e entrou no closet, onde retirou uma tábua da parede. Neste cubículo secreto havia uma arma dentro de uma capa de náilon bege, uma caixa de cartuchos de espingarda e uma caixa de charutos Tom Moore. Ele repôs a tábua, enfiou os cartuchos no bolso, agarrou a caixa de charutos e aninhou a pesada espingarda sobre seu antebraço esquerdo. Em um closet do corredor, ele apanhou duas toalhas – ele não precisava delas, mas sabia que alguém precisaria. Desceu silenciosamente os dezenove degraus da larga escadaria. Estava a cerca de um metro do quarto de Cali e não queria que ninguém o visse. Ele havia refletido sobre tudo isso, traçado um mapa com a mesma premeditação que dedicava às capas de seus discos e a seus vídeos. Haveria sangue, muito sangue, e uma bagunça que ele não queria em casa. Principalmente, ele não queria assombrar aquele lar, deixar sua filha com o tipo de pesadelos com que ele havia sofrido.
Quando se dirigia para a cozinha, passou pela soleira da porta onde ele e Courtney haviam começado a acompanhar o quanto Frances havia crescido. Apenas uma linha estava ali agora, uma pequena marca de lápis com o nome dela a cerca de 79 centímetros acima do chão. Kurt nunca mais veria outra marcas mais altas naquela parede, mas estava convencido de que a vida de sua filha seria melhor sem ele.
Na cozinha, ele abriu a porta de sua geladeira Traulson de aço inox de 10 mil dólares e apanhou uma lata de cerveja de raizes da Barq, tomando cuidado para não soltar a espingarda. Levando essa carga macabra – cerveja de raízes, toalhas, uma caixa de heroína e uma espingarda, tudo o que mais tarde seria encontrando num arranjo de plantas bizarro -, ele abriu a porta para o quintal e atravessou o pequeno pátio. A aurora estava rompendo e a neblina pairava próximo do chão. A maioria das manhãs em Aberdeen eram exatamente assim: nevoentas, orvalhadas, úmidas. Ele jamais veria Aberdeen novamente; jamais escalaria efetivamente até o topo da caixa d’água no “Morro do Think of Me”; jamais compraria a fazenda que sonhava em Grays Harbor; jamais acordaria novamente numa sala de espera de hospital tendo fingido ser um visitante para só encontrar um lugar quente para dormir; jamais veria novamente sua mãe, irmã, pai, mulher ou filha. Ele trilhou os cerca de vinte passos até a estufa, galgou os degraus de madeira e abriu o conjunto de portas francesas dos fundos. O piso era de linóleo: seria fácil de limpar.
Ele sentou-se no chão da estrutura de cômodo único, olhando para as portas da frente. Ninguém conseguiria vê-lo ali, a menos que estivesse trepado nas árvores atrás de sua propriedade, e isto não era provável. Não queria mais ver o interior de um hospital novamente, não queria um médico de jaleco branco apalpando-o, não queria ter um endoscópio em seu estômago dolorido. Ele estava acabado para aquilo tudo, acabado para o seu estômago, ele não poderia estar mais acabado. Como um grande diretor de filmes, ele havia planejado este momento até os mínimos detalhes, ensaiando esta cena ao mesmo tempo como diretor e como ator. No curso dos anos, tinha havido muitos ensaios finais, passagens de raspão que quase seguiam este caminho, fosse por acidente ou, às vezes, por querer, como em Roma. Talvez fora sempre isto que ele guardava vagamente em sua cabeça, como um ungüento precioso, como a única cura para uma dor que jamais passaria. Ele não se importava com a liberação do desejo, ele desejava a libertação da dor.
Ficou sentado pensando coisas que só ele sabia por vários minutos. Fumou cinco Camel Light e sorveu vários goles de sua cerveja. Tirou o bilhete do bolso, estendeu-o no chão do linóleo e tinha de escrever em letras maiores, que não saíram tão perfeitas, por causa da superfície que ele estava: “Por favor, vá em frente, Courtney, por Frances, pela vida dela que será muito mais feliz sem mim. Eu te amo. Eu te amo”. Essas últimas palavras haviam completado a folha. Depositou o bilhete no alto de um monte de terra para vasos e fincou a caneta no meio, para que, como uma estaca, segurasse o papel no alto, sobre a terra.
Tirou a espingarda da capa de náilon macia. Dobrou cuidadosamente a capa, como um garotinho separando suas melhores roupas de domingo depois da missa. Tirou a jaqueta, estendeu-a sobre a capa e colocou as duas toalhas no alto desse monte. Ele foi até a pia e apanhou uma pequena quantidade de água para o seu fogareiro de droga e sentou-se novamente. Abriu a caixa com 25 cartuchos de espingarda e tirou três, enfiando-os na câmara da arma. Moveu o mecanismo da Remington para qu e um único cartucho estivesse na câmara. Retirou a trava de segurança da arma.
Fumou seu último Camel Light. Tomou mais um gole da Barq. Lá fora, estava começando um dia nublado – era um dia como aquele em que ele chegara a este mundo, 27 anos, um mês e dezesseis dias antes. Ele agarrou a caixa de charutos e tirou um pequeno saco plástico que continha cem dólares de heroína preta mexicana – era um bocado de heroína. Ele pegou cerca de metade, um chumaço do tamanho de uma borracha de lápis e o colocou na colher. Sistemática e habilmente, preparou a heroína e a seringa, injetando-a logo acima do cotovelo, não muito longe de seu “K” tatuado. Devolveu os instrumentos para a caixa e se sentiu uma nuvem, rapidamente flutuando para longe deste lugar. O jainismo pregava que havia trinta céus e sete infernos, todos dispostos em camadas ao longo de nossas vidas; se ele tivesse sorte, este seria seu sétimo e último inferno. Afastou para o lado seus instrumentos, flutuando cada vez mais rápido, sentindo sua respiração se reduzir. Ele tinha de se apressar agora: tudo estava se tornando nebuloso e um matiz verde-água enquadrava cada objeto. Agarrou a pesada espingarda, encostou o cano contra o céu de sua boca. Faria barulho; ele tinha certeza disso. Disparou. E então ele se foi.
O corpo de Kurt Cobain foi encontrado pelo eletricista Gary Smith, que chegou à casa do Lake Washington para instalar um novo sistema de segurança. Às 8:40h da sexta-feira, 8, Smith estava perto da estufa e olhou para dentro dela. “Eu vi um corpo estendido lá no chão. Pensei que fosse um manequim. Depois notei que havia sangue na orelha direita. Vi uma espingarda estendida ao longo de seu peito, apontando para seu queixo”, relatou Gary. Ele ligou para a polícia e, em seguida, para sua empresa.
Enquanto isso, em Los Angeles, Courtney havia sido internada no Exodus na quinta-feira, 7, para reabilitação. Na sexta, recebeu a notícia da morte de Kurt através da colega Rosemary Carroll. Courtney deixou a cidade num Learjet com Frances, Rosemary, Eric Erlandson e a babá Jeackie Farry. Quando chegaram à casa do Lake Washington, ela estava cercada por equipes dos telejornais.
Foi possível identificar o cadáver como sendo de Kurt, embora seu aspecto fosse macabro: as centenas de bolinhas de chumbo do cartucho da espingarda haviam espandido sua cabeça e o haviam desfigurado. A polícia retirou as digitais do corpo e as impressões batiam com àquelas já arquivadas no caso da prisão por violência doméstica.
A autópsia encontrou traços de benzodiazepinas (tranquilizantes) e heroína no sangue de Kurt. O nível de heroína era tão alto que mesmo ele – famoso pela enorme quantidade que tomava – não poderia ter sobrevivido por muito mais tempo do que aquele que levou para disparar a arma.
Courtney estava inconsolável. Quando os policiais finalmente deixaram o local, e com apenas um guarda de segurança como testemunha, ela reconstitiu os últimos passos de Kurt, entrou na estufa – que ainda tinha de ser limpa – e mergulhou as mãos em seu sangue. No chão, ajoelhada, ela rezou e gemeu de dor, erguendo as mãos cobertas de sangue para o céu e gritou: “Por quê?!”. Ela encontrou um pequeno fragmento do crânio de Kurt com cabelo preso a ele. Ela lavou e passou xampu nesse horripilante suvenir.
No sábado, 9, Courtney foi até a agência funerária para ver o corpo de Kurt antes de ser cremado – ela já tinha solicidado que fossem feito moldes de gesso de suas mãos. Grohl tambem foi convidado e declinou, mas Krist compareceu, chegando antes de Courtney. Ele passou alguns momentos a sós com seu velho amigo e desatou a chorar. Quando ele saía, Courtney foi introduzida na sala de inspeção. Kurt estava sobre uma mesa, vestido com suas roupas mais elegantes, mas seus olhos tinham sido costurados. Era a primeira vez em dez dias que a Courtney viu o marido e foi a última vez que seus corpos físicos ficaram juntos. Ela acariciou seu rosto, falou com ele e cortou uma mecha de seus cabelos. Depois, baixou as calças dele e cortou uma mecha de seus pêlos púbicos. Finalmente, ela subiu em cima de seu corpo, abraçando-o com as pernas e recostou a cabeça em seu peito e lamentou: “Por quê, por quê?”.
Diversas cerimônias foram realizadas em memória de Kurt. Umas das mais notáveis aconteceu numa tarde de domingo: uma vigília pública foi realizada no Pavilhão da Bandeira do Seattle Centre e reuniu 7 mil pessoas, que levaram velas, flores, cartazes e algumas camisas de flanela em chamas. Um conselheiro de suicídio discursou e incentivou os jovens em dificuldades a pedirem ajuda, enquanto os DJs lcocais trocavam recordações. Uma mensagem curta de Krist foi divulgada, bem como uma fita de Courtney, que leu também a carta de despedida de Kurt.
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O corpo de Kurt Cobain foi cremado e Courtney recebeu a urna com as cinzas uma semana depois. Ela pegou um punhado e o enterrou sob um salgueiro na frente da casa. Em maio, colocou o resto numa mochila de ursinho e viajou até o mosteiro budista Namgyal, perto de Ítaca, estado de Nova York, onde procurou consagração para as cinzas e absolvição pra si mesma. Os monges abençoaram os restos e usaram um punhado para fazer uma escultura comemorativa.
A maior parte dos restos mortais de Kurt ficou depositada em uma urna no endereço do Lake Washington, até 1997, quando Courtney vendeu a casa, mas insistiu num acordo que lhe permite voltar um dia e remover o salgueiro.
Por fim, Frances Bean Cobain, então com seis anos de idade, espalhou as cinzas do pai no riacho McLane, em Olympia, Washington – elas dissolveram e flutuaram na corrente. Em diversos sentidos, este era, também, um local adequado para o descanso.
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