Dimebag Darrell: namorada fala sobre a vida e morte do mĂşsico
Em uma entrevista realizada em meados de 2006 pela revista Metal Edge, Rita Haney, namorada de longa data do falecido guitarrista Dimebag Darrell (PANTERA/DAMAGEPLAN) relata como ela conheceu o mĂşsico e como ficou sabendo de seu assassinato.
“Eu o conhecia desde a terceira sĂ©rie – desde quando tĂnhamos oito anos de idade – Ă©ramos todos amigos na vizinhança. Eu tinha amigos que moravam prĂłximos a Darrell, e eu sempre estava lá depois da escola. Eu costumava enturmá-lo com meus amigos. Eu dizia ‘ei, aquela garota gosta de vocĂŞ, se vocĂŞ estiver interessado’. Ele se tornou meu melhor amigo. EntĂŁo, uma noite ele me deu uma carona depois de um show deles – tĂnhamos dezenove anos e ele tentou me beijar, e eu reagi mais ou menos tipo ‘estranho, mas acho que gosto de vocĂŞ tambĂ©m’. Ficamos juntos desde entĂŁo. Mais ou menos vinte anos. NĂŁo acreditávamos no lance do casamento – ‘porque consertar algo que nĂŁo está quebrado? Porque ter alguĂ©m que vocĂŞ nĂŁo conhece dizendo que está tudo certo em ficar com uma pessoa que vocĂŞ conhece? NĂłs nĂŁo precisamos desse intermediário! NĂłs mesmos tivemos um ‘cara-a-cara’ com o homem lá de cima”.
Perguntada sobre onde ela estava quando recebeu a notĂcia da morte de Darrell, Rita disse: “Eu estava tirando o carro da garagem, indo para um show do MARILYN MANSON com meu cunhado, minha irmĂŁ e alguns amigos prĂłximos, realmente feliz e ansiosa para ver Bobby Tongs e Guy Sykes, que estavam trabalhando na turnĂŞ, e MANSON, do qual eu sou uma grande fĂŁ. Um nĂşmero desconhecido toca em meu celular, e algo me diz para atender. Ouço meu nome e digo ‘Quem Ă©? e eu ouço ‘É o Vinnie Paul. Eu acabei de ver meu irmĂŁo levar cinco tiros na cabeça e eu nĂŁo estou com o meu celular. Seu nĂşmero Ă© o Ăşnico que eu consigo lembrar’. DaĂ eu congelei… tudo que eu consegui dizer foi ‘Isso Ă© uma piada? VocĂŞ tem certeza que viu o que disse?’ Vinnie disse ‘Sim, eu tenho certeza, e o cara ainda está aqui atirando!’. Eu perguntei: ‘aonde vocĂŞ está?’, e Vinnie respondeu ‘Estou na cozinha com uma faca de cozinheiro – ele está atrás de mim!’ Eu me senti incapaz, nĂŁo havia nada que pudesse fazer por ele… Eu nĂŁo sabia o que fazer. Uma hora se passou e Vinnie continuava ligando para passar notĂcias; ele continuava perguntando para os policiais se eles poderiam lhe falar sobre seu irmĂŁo, e finalmente um dos caras disse: ‘seu irmĂŁo tem uma tatuagem escrita ‘Cowboys From Hell’?’, Vinnie disse que sim e o oficial respondeu: ‘sinto muito, mas ele nĂŁo resistiu'”.
“Quando o Ă´nibus da turnĂŞ veio atĂ© minha casa e eu tive que desfazer as malas de Darrell sabendo que ele nunca mais iria sair pela porta daquele Ă´nibus, foi o pior sentimento que já tive. Eu sei que nada vai ser tĂŁo ruim como aquilo. Me disseram que Darrell nĂŁo sentiu nada, ele nem mesmo soube o que aconteceu. Eu me conforto sabendo que ele nĂŁo viu o que aconteceu – foi instantâneo – e que ele tinha um sorriso em seu rosto fazendo algo que ele realmente amava… nunca vou deixar de pensar nele”.